quinta-feira, 12 de abril de 2012

The end.


acordou de manhã, pronta - ou nao - mais um dia estava começando e ela teria que enfrenta-lo da melhor maneira possível. Porém, naquele momento nao pensou em nada disso, abriu os olhos e se permitiu curtir o sopro delicado e refrescante que entrava pela fresta da janela.
O despertador soou pela segunda vez. Hora de levantar.
Saiu da cama preguiçosa, passou a mão pelos cabelos bagunçados e se espreguiçou sem parar de andar. Ao entrar no banheiro sentiu o corpo enrijecer e uma decepção tomou-a por inteiro: encarou seu reflexo no espelho por poucos segundos e desviou os olhos. Não adiantava se esquivar e realidade era dura e sua figura patética.
 Pensou em tudo que vinha fazendo, no rumo que as coisas que tinham tomado, como tudo havia saído do controle. "será que um dia houve controle?", ela se perguntou. Sentiu uma força apertando seu peito, a forçando ir de volta pro inicio da estrada, viu tudo que já tinha percorrido, o quão perto estava do fim, nao ia ser fácil chegar lá, mas ia ser mais difícil recomeçar. Teve certeza que a vida estava escorrendo de seus dedos. Perdeu a alegria, o sorriso.
Perdeu a vontade, a força, a motivação.
Perdeu o propósito. O controle.
Ganhou cicatrizes. Muitas delas, nos braços, pernas e barriga.
"Bela recordação", sorriu um sorriso falso, doido.

Quem ela era agora? Quem estava no comando? Mandando ela fazer todas aquelas coisas, pensar daquela maneira, fazendo com que todas aquelas idéias horríveis invadissem sua cabeça sem pedir permissão? Ela deixou de ser ela mesma e essa nova pessoa estava destruindo tudo que um dia ela conseguiu construir.  

Cansada, sem força alguma, perdida e angustiada ela seguiu e enfrentou o dia. Fez a mesma coisa no outro dia e no outro também e ainda continua fazendo. O horizonte da esperança nao deixou de existir.


 Essa sou eu. Não tenho orgulho de mim, só repulsa e vergonha.
Olá a todas :) Quero agradecer a todos os comentários do post anterior, vocês sao todas incríveis! Obrigada por todo o apoio, logo vou dar uma passada pelos blogs de vocês.   Kisses

terça-feira, 3 de abril de 2012

E quando dá medo?

Hoje de manhã acordei, não me senti mal sobre o dia de ontem (comi no máximo 200cal). Peguei a balança e respirei fundo, com medo dos números, que já deixaram de ser meus amigos. E foi aí que eu tive uma enorme surpresa 42,5! Incrível e tão rápido, senti que nesse ritmo posso alcançar minha meta mais rápido do que eu imaginei! Me vesti pra siar, escolhi uma roupa que me agrada, nao me senti linda e perfeita, longe disso, mas pelo menos muito melhor que ontem. Decidi viver um dia de cada vez, sem sofrer por antecedência se eu evitar pensar funciona bem.

Mas então comecei a pensar em algumas coisas, coisas de mais e senti medo. Muito medo. Esta tudo funcionando muito melhor do que eu previ e se o fracasso estiver me esperando ali perto, quando eu virar a esquina? Se eu perder novamente a batalha num piscar de olhos? Se todo o controle for por água abaixo? Tenho medo de nao ter forças pra levantar novamente. Todo esse medo aflorou na hora do almoço hoje, minha mãe preparou mil coisas pra mim, pra me agradar. Eu tive que dizer nao pra tudo, pro arroz integral num bolinho em forma de coração, pros legumes organizados por cor, pra carne de soja que ela teve que pesquisar como se fazia. Doeu. E começou aí um conflito horrível: o que ia doer mais comer ou dizer que nao? Realmente eu nao queria, vontade de comer? Nenhuma. Zero. Enrolei, fiz o possível o coloquei o menos possível pra dentro. Meus pais notaram, me repreenderam. Consegui me manter forte, disse que estava tudo bem que tinha comido mais cedo.

E o que fazer quando a família vira o maior inimigo?

Nao quero abrir mão da minha felicidade pra fazê-los felizes, mas também não quero levar a minha vida de volta pro inferno astral que eu vive a uns anos atras. Dar um basta em tudo, em mim? Abandonar o meu sonho de um dia encontrar a felicidade? Mandar meus pais pra longe? Fugir? Perguntas de mais pra respostas de menos. No meio dessa loucura toda só uma certeza me resta, quem é a culpada por tudo? eu.

E o pior é que uma pequena chama de esperança tinha se acendido dentro de mim ontem na hora que eu respirei fundo e fiz todos os abdominais e terminei a corrida na academia. Cansei de ser a menina infeliz, que come e corre pros cantos pra chorar, se cortar e se entupir de lachantes. Se o peso que eu desejo é incompatível com a vida (assim como meu medico disse), viver nesse sofrimento todo é pior ainda ainda.

E eu peço agora, se for preciso imploro: me deixa ser feliz? Por favor.



Desculpa esse texto enorme, mas precisava muuuuito colocar tudo isso pra fora.
Obrigada pela paciência e atenção de todas.

Beijos e força.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Good Morning

Passe só pra desejar num bom dia pra todas que hoje seja melhor que ontem, que nós tenhamo ainda mais força! E mais uma coisinha, sai da casa dos 44! Menos 400g de ontem pra hoje, é pouco mas estou radiante. Beeijos

domingo, 1 de abril de 2012

Recomeçar.

Acho que nao existe uma data certa pra se começar uma dieta ou mudar hábitos, mas começo de mês tem algo de charmoso ainda mais convidativo. Chega de deixar pra amanhã ou pra semana que vem, a vida é aqui é agora. Vou traçar uma meta simples e direta menos 1kg (ou mais) até o fim da semana. Sem enrolar, sem adiar, sem descontrole. Tenho que ser forte, acreditar em mim mesma, ainda que seja dificil acreditar que dentro desse monstro exista algo pelo que valha a pena lutar. Sou muito mais que um monte de comida, nós somos. Resolvi tomar uma atitude, amanhã finalmente vou me inscrever na academia, assim não tem mais ''desculpas'' pra não se exercitar.



 Ontem tive um acesso, uma crise, uma loucura descontrolada e comi muito. Cada pedaço que eu engolia não me deu nenhum tipo de prazer, satisfação, só me machucava. Não suportei e me puni, ataquei sem medo minha caixinha secreta de laxantes. Hoje acordei e prometi pra mim mesma que o dia ia ser melhor, me olhar no espelho além de tristeza me encheu de uma coragem estranha e é assim que estou me sentindo agora estranhamente corajosa.
No almoço minha familia foi almoçar num restaurante com mil massas e tal, não senti vontade comer nada daquilo, nem um pouco de vontade mesmo. Foi um momento muito bom. Fiquei só na salada (primeira reifeição no dia) e a tarde tomei chá. E água muita água o dia todo, minha pele ta um caos.

Li alguns blogs que me inspiraram muito, de verdade. Espero que dê tudo certo, que eu me mantenha centrada e lembre do que eu quero me tornar: a dona de um corpo pequeno.

Beijos e força pra todas.


-
Stay strong, stay beautiful.

sem mais